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A PRIMAZIA DA LEI DA SOBREVIVÊNCIA SOBRE AS DEMAIS LEIS

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A PRIMAZIA DA LEI DA SOBREVIVÊNCIA SOBRE AS DEMAIS LEIS

1- A AUTOPRESERVAÇÃO E O DIREITO A VIDA

A proteção jurídica mais elementar trata de amparar osinalienáveis direitos da existência, da incolumidade física e psicológica que regem a vida em sua integralidade, sendo estes direitos consagrados no Direito Constitucional brasileiro e no Direito Internacional. Segundo Hobbes em sua obra O Cidadão, a lei da natureza é definida como uma regra geral da racionalidade humana que descreve os meios necessários para o homem se autopreservar uma vez que a razão não é inata ao indivíduo e requer contínuo esforço para alcançá-la, pois os homens estão dominados por paixões e emoções pristinas que os torna altamente falíveis. 

É fato que, mesmo entre as primitivas formas de seres vivos, a garantia da vida é a força motriz de todo organismo que sabe ser único e irrepetível. Deste modo, a dinâmica de suas ações são expressas com o condão de sobreviver a todo custo. Ações e reações instintivas de medo, fome, sede, defesa e direitos reprodutivos são os mais fortes impulsos que definem um ser vivo, não havendo possibilidade para “desistência da vida” por ser este um ato contra instintivo e, por isso, antinatural.

Ao estabelecer o cumprimento do ciclo biológico (nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer), o ser vivo atacará e se defenderá de tudo e todos que representem uma ameaça real à sua sobrevivência (medo), ou que seja contra um perigo imaginário (ansiedade). Destarte, segundo a lei da sobrevivência, todas as formas de seres vivos, incluindo o ser humano precisam evoluir continuamente para sobreviverem aos processos de seleção negativa onde o mais adaptado ou “mais forte” prevalecerá. 

Portanto, a lei da sobrevivência das espécies se define pela garantia da manutenção da integridade física/psíquicados indivíduos no espaço (isolados ou em grupos) e no tempo (reprodução continuada). No meio natural, é imperativo ao “mais forte” dominar e expandir seus territórios defendendo ou atacando outros indivíduos, sejam de sua própria espécie ou não. Neste ambiente não há espaço para ética, moral ou fraqueza pois tudo o que se objetiva é garantir que a maior parte dos indivíduos da espécie sobreviva ou que se institua a seleção para amanutenção da pureza de sua linhagem.  

2. MOTIVAÇÕES BIOLÓGICAS PARA MATAR 

A vida está em risco desde o momento de sua concepção. Em determinado momento do ciclo celular, certas células saudáveis podem tornar-se neoplásicas ou “tumorais” alterando seu estado de divisão e de diferenciação normal como uma forma de reação ou resposta à agentes lesivos dando origem ao “câncer”.Parasitas podem infectar seus hospedeiros com o intuito de alterar e manipular o comportamento do seu hospedeiro resultando na morte do ser infectado e na dispersão do patógeno como ocorre com o protozoário Toxoplasma gondii e o fungo Cordyceps sp. por exemplo. Em maior escala, filhotes de determinadas espécies de tubarões podem atacar seus irmãos ainda no útero como forma de competição. Algumas aves podem empurrar os mais fracos do ninho ou bicar um elemento doente até a morte. Leões tendem a abandonar os indivíduos mais fracos ou feridos do bando, podendo ainda atacar e matar toda uma prole de filhotes de outro macho visando garantir que a leoa volte ao cio e o macho dominante tenha os direitos de acasalamento e transmissão de seus genes. Certos ruminantes ao formarem suas manadas tendem a isolar os mais velhos e doentes para serem atacados primeiro pelos predadores. Outros animais conseguem produzir grande quantidade de descendentes durante suas crias porque somente uma pequena fração sobreviverá até a fase adulta. 

2.1 MOTIVAÇÕES SUPRA-NATURAIS PARA MATAR

Uma atuação atípica é observada predominantemente nos vertebrados mamíferos quando certos animais matam com animosidade ou motivação que notadamente transcende o mero instinto primitivo de ataque ou defesa. É notório que búfalos investem repetidas vezes contra osleões mais debilitados e seus filhotes, chifrando e pisoteando múltiplas vezes o predador, mesmo quando estes já estão mortos. Chimpanzés tendem a atacar várias vezes um animal considerado perigoso até matá-lo e, mesmo após a imobilização completa da ameaça, eles continuam a agredir e arremessar a vítima para o ar e contra o solo até despedaçá-lo. Leões dominantes tendem a atacar predadores de outras espécies bem como membros de grupos rivais até a morte, buscando ativamente osfilhotes de seus inimigos para eliminar sua descendência. Elefantes e girafas atacam seus oponentes pisoteando e esmagando a vítima diversas vezes e, mesmo que o animal ferido já não ofereça risco ou que já tenha vindo a óbito, o ato agressivo continua de modo ininterrupto. Javalis e porcos selvagens tendem a atacar pessoas e animais que ofereçam perigo golpeando com suas presas continuamente as vítimas mesmo que estas já estejammortas. Cães podem atacar outros animais desproporcionalmente ao ato de afugentar ou se defender do perigo caracterizando uma ação deliberada de matar e saciar seus instintos.

Nesta linha de raciocínio são numerosos os exemplos encontrados na natureza sobre a lei da sobrevivência que em muito se assemelham ao comportamento de defesa/contraofensiva adotada por seres humanos em suas sociedades onde a competição e o caos são a regra e não a exceção. Por esta razão ouso inferir que “os caminhos humanos levam à guerra” (próprio autor). 

3. OS TRAJETOS DO MEDO NO CÉREBRO

Segundo Hanz-Selye o estresse é um fator que aumenta a vulnerabilidade do indivíduo a doenças. O medo é o fator estressor mais primitivo e instintivo de sobrevivência de um ser vivo senciente. Os trajetos do medo no cérebro conduzem numerosas formas de reações inatas e aprendidas diante do fator estressor. Áreas específicas do encéfalo são ativadas de maneira distinta quando se confronta uma ameaça, seja esta natural ou social. Deste modo, o medo inato e o medo aprendido acionam circuitos celulares diferentes resultando num aumento da atividade do circuito hipotalâmico relacionado às ameaças das interações sociais que as diferem daquelas causadas por um perigo potencial.

É sabido há mais de um século que o hipotálamo estáenvolvido nos mecanismos de defesa, desencadeando uma forma de ira fictícia de hiperreação de defesa a partir da conexão de áreas do profundas do cérebro com o córtex. Outro grupo de células formam o núcleo pré-mamilar dorsal e esta região do cérebro é reconhecida como essencial nas reações de defesa real ou de perigo potencial. A substância cinzenta periaquedutal no mesencéfalo é capaz de alterar a função cardiovascular e o comportamento diante de situações de ameaça ou desespero desencadeando alterações somáticas e viscerais. Portanto, lesões que levam a alterações na função do mesencéfalo podem constituir a base para muitas formas de transtornos associados ao pânico e ao medo.

Outra estrutura importante são as amigdalas presentes nos lobos temporais e que captam os estímulos visuais, auditivos, olfativos e táteis de perigo. As amigdalas convergem estes estímulos para o hipotálamo onde sãoprocessados no núcleo pré-mamilar dorsal que os enviapara a substância cinzenta periaquedutal. Assim, é possível que a ativação do sistema límbico ou lesões causadas nestas áreas podem ocasionar a “cegueira emocional”, perda da hierarquia social e do controle do comportamento emocional provocando reações físicas por ativação das vias nervosas dopaminérgicas, noradrenérgicas e serotoninérgicas e alterações do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal.

Complementarmente, a teoria de Paul MacLeanconhecida como cérebro trino (cérebro reptiliano, cérebro límbico e neocórtex) defende a divisão do cérebro em três unidades funcionais diferentes e que, estas áreas são responsáveis individualmente pela tomada de decisão, emoção, reação e ação. Uma vez tomado pelo medo, o cérebro humano ativa o circuito neural das emoções (circuito de Papez) e sua racionalidade, discernimento e entendimento sobre as coisas colapsam porque existe um limite neurofisiológico para a performance humana diante do perigo.

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De imediato, durante o estresse agudo, aquele que se defende busca exclusivamente repelir a ameaça.Entretanto, à medida que o estresse se acentua ou se torna crônico, a funcionalidade cerebral é alterada modificando as estratégias de enfrentamento do perigo resultando naquilo que conhecemos juridicamente como excesso exculpante. 

3.1. TENHA MEDO E SEJA UMA BOA VÍTIMA! A PAZ SOCIAL DEPENDE DISSO!

A vítima e o medo caminham juntas e é exatamente este sentimento que a manterá viva a partir da reação de alarme diante do perigo. Persistindo o medo, o animal ou ser humano entra num estado de resistência e resiliênciaao estressse e, por fim, o indivíduo sucumbe aoesgotamento/exaustão. Sabedores do efeito do esgotamento dos seres vivos perante o estresse crônico, as elites que governam as sociedades humanas utilizam o medo para impor sua vontade sobre os demais indivíduos criando narrativas amedrontadoras infundadas pautadaspor exemplo na teoria malthusiana da competição e do caos social diante da privação de alimentos, das superpopulações apresentadas por Paul Ehrlich no livro The Population Bomb, e do desarmamento para alcançar a paz social de Karl Marx, valendo-se da dialética hegelianapara concretizar a narrativa que transformará o homem natural forjado para a sobrevivência no homem artificial indefeso conforme escreve Thomas Hobbes em seu livro Leviatã.

Afirmo que “não existem mártires na natureza”!Todos os seres vivos possuem mecanismos para atacar e se defender. Por esta razão, é prática comum na Medicina Veterinária suprimir tais mecanismos para controlar os impulsos instintivos dos animais. Por exemplo, a castração de machos visa reduzir os níveis de testosterona deixando-os menos agressivos. A descorna visa remover os chifres de bovinos que possam vir a usar este aparato contra outros animais ou contra seres humanos. A debicagem éum processo da remoção parcial do bico das aves para evitar a bicagem agressiva destes animais diante de fatores estressores. O corte das unhas dos gatos objetiva reduzir a possibilidade de arranhões durante a manipulação destes felinos. A seleção genética pode ser utilizada para obtenção de animais com temperamento mais dóceis (inofensivos) e, portanto, mais sociáveis. Estas e outras tantas formas de debilitação do comportamento natural de autodefesa dos animais domésticos são plagiadas e implantadas pela máquina de propaganda das elites globalistas que insistem na narrativa de que o homem civilizado é por efeito um homem indefeso, que confia sua vida ao estado e aceita com resignação sua escravidão (próprio autor).

Logo, o desarmamento sempre será um ato de imposiçãoNenhum homem lúcido abrirá mão dos seus direitos naturais e inalienáveis como a vida, propriedade privada e sua honra de modo voluntário.Por isto, ao longo da história, todo sistema ditatorial e genocida foi implantado com: 1. a disseminação do medo, 2. o desarmamento, 3. o inevitável advento da aceitação da subjugação do instinto de sobrevivência humana. Conhecendo a árvore pelos seus frutos e, de modo análogo aos animais de produção conduzidos ao matadouro, a castração do instinto humano de autodefesa a partir do desarmamento e da narrativa da obediência ao sistema tem um saldo histórico desconhecido do número de mortos na grande fome de Mao, mais de 14,5 milhões de mortos no Holodomor, aproximadamente 6 milhões de mortos no holocausto nazista, mais de 90 mil pessoas na guerra dos cristeros e atualmente com os mais de 65 mil mortos por ano no Brasil mesmo durante a vigência da famigerada lei do desarmamento que tem suas raízes no totalitarismo cujoúnico objetivo é desarmar as pessoas para dominá-las e assassiná-las. O próprio nazismo que visava o estabelecimento da supremacia ariana e atuavadisseminando o medo entre as nações atacadas pela Wehrmacht e Waffen-SS tem suas raízes numa aguda e deturpada ideia de aplicar teoria da seleção natural darwinista nas políticas existentes nas sociedades humanas denominada como darwinismo social, que é a gênese do racismo, do fascismo, comunismo, imperialismo e da eugenia.

Atualmente são muitas as situações do cotidiano que impelem a natural ação de ataque e defesa dos seres humanos contra as diversas fontes estressoras que são a gênese do medo: pandemias, guerras, fome, emergência climática global, desemprego, competição, redes sociais, falta de lazer, síndrome de Burnout …, e uma vez que o instinto é evocado para garantir a sobrevivência do indivíduo, contrafeito pelo estresse crônico a manifestar as mais violentas emoções, o homem se torna impetuoso,persistente e amiúde sob o julgo de uma “crise psicológica”, este indivíduo é conduzido a reagir excessivamente diante dos fenômenos que em seu julgamento colocam em risco a sua integridade física, psicológica e honra, garantindo que o mais essencial dos bens jurídicos se perpetue no tempo e no espaço: a vidacomo primazia.

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